Indivíduos com resiliência emocional têm uma vantagem significativa na abordagem de desafios e na obtenção de resultados positivos diante deles. Contudo, muitas vezes, essa habilidade não é inata, demandando, pelo contrário, um esforço significativo para ser cultivada.

É notório que, em momentos turbulentos, as reações mais comuns incluem aumento do estresse e conflitos dentro das organizações. Isso frequentemente resulta em redução de produtividade, desempenho ineficaz e não cumprimento de metas, uma situação indesejável para qualquer empresa.

Portanto, em vez de simplesmente esperar que todos os colaboradores tenham resiliência de forma natural, é crucial auxiliá-los no desenvolvimento dessa habilidade crucial.

Neste artigo, você encontrará:

1. O que é resiliência emocional?
2. Por que a resiliência é uma das habilidades interpessoais mais procuradas?
3. Sete características das pessoas resilientes
4. Como auxiliar os colaboradores no desenvolvimento dessa habilidade?
5. Resumo

O que é resiliência emocional?

A resiliência emocional é uma das competências mais cruciais para enfrentar desafios e superar obstáculos. No entanto, existem diversos equívocos e mitos associados a essa habilidade. Por exemplo, ser resiliente não significa apenas suportar tudo sem se abalar, mas sim, o que você faz para se recuperar rapidamente após um revés.

É importante compreender que você não é invulnerável e está constantemente influenciado por fatores externos, emoções e suas respostas físicas a eles. Reconhecer seus próprios limites é essencial para desenvolver resiliência.

Um exemplo prático pode ser observado em um corredor de maratona. Mesmo enfrentando fadiga, respiração rápida e dores nas pernas, o corredor persiste sem desistir. No entanto, ele se preparou diligentemente para a maratona, seguindo uma rotina disciplinada de treinamento e contando com o apoio de profissionais de saúde, antes de tentar superar seus limites.

Na resiliência emocional, os desafios são de natureza psicológica e podem surgir de ambientes de trabalho desorganizados ou de organizações que buscam resultados de forma desenfreada, sobrecarregando seus funcionários. É importante destacar que as reações das pessoas a esses contextos podem variar amplamente.

7 Cs da resiliência emocional

Desenvolvido pelo pediatra Ken Ginsberg, os “7 Cs da resiliência” ainda são usados hoje para ajudar pessoas de todas as idades a desenvolver essa habilidade. Estes são:

1. Competência: a capacidade de resolver problemas eficazmente.
2. Confiança: acreditar em si mesmo, permitindo enfrentar obstáculos.
3. Conexão: fundamental para a saúde mental, enfatizando relacionamentos interpessoais.
4. Caráter: responsabilidade por ações e aderência a princípios éticos.
5. Contribuição: compreensão do papel no coletivo e contribuição para o bem comum.
6. Coragem: disposição para enfrentar desafios.
7. Controle: manter serenidade e paciência para tomar decisões acertadas.

Ser resiliente não significa tolerar abusos

É crucial ressaltar que ser resiliente não se confunde com tolerar abusos. Os funcionários não devem ser forçados a suportar assédio moral ou sexual, ambientes tóxicos ou pressões excessivas. Isso não é resiliência, mas sim inflexibilidade.

É fundamental distinguir a responsabilidade do funcionário da responsabilidade da empresa, uma vez que altos níveis de estresse podem levar ao esgotamento profissional. O adoecimento psicológico não deve ser um objetivo, mas sim algo a ser evitado a todo custo.

A própria ideia de resiliência tem origem na física e é usada para descrever a capacidade de objetos retornarem ao seu estado original sem sofrer danos. Permanecer em um ambiente tóxico, seja na vida pessoal ou profissional, é a antítese da resiliência, levando à deterioração do bem-estar.

Por que a resiliência é uma das habilidades interpessoais mais procuradas?

Treinar a resiliência emocional oferece vantagens significativas tanto no trabalho quanto na vida pessoal. Essa competência é particularmente valorizada por recrutadores e líderes, pois denota flexibilidade em situações complexas, maturidade emocional e uma determinação forte para alcançar resultados. Essas qualidades são altamente valorizadas pelas empresas.

Ter um profissional resiliente na equipe traz diversos benefícios, incluindo:

1. Ajuda no gerenciamento do estresse, um fator comum no ambiente de trabalho.
2. Aumenta a produtividade, graças ao autocontrole emocional e foco nas tarefas.
3. Melhora o clima organizacional, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável.
4. Facilita a resolução de conflitos, pois pessoas resilientes tendem a ser conscientes e corajosas.
5. Aprimora a habilidade de estratégia, permitindo um pensamento mais assertivo e alinhado com os objetivos da empresa.

7 características das pessoas resilientes

Além dos “7 Cs da resiliência emocional”, existem outras características que contribuem para o desenvolvimento dessa habilidade. Essas características incluem:

1. Flexibilidade: Capacidade de se adaptar a diferentes situações e aprender com elas.
2. Pensamento antes da ação: Evitar reações impulsivas e buscar soluções racionais.
3. Autoconfiança: Confiar em si mesmo, reconhecendo limitações e potencial.
4. Foco no objetivo: Manter a determinação, mesmo diante de obstáculos.
5. Habilidades de relacionamento: Construir relacionamentos próximos e saudáveis.
6. Saúde mental equilibrada: Manter uma boa saúde mental através do autocontrole e serenidade.
7. Prática de mindfulness e/ou meditação: Utilizar essas práticas para regular emoções e melhorar o equilíbrio emocional.

Como auxiliar os colaboradores a desenvolver essa habilidade?

Agora que você compreende os benefícios da resiliência emocional no trabalho, considere a implementação de estratégias para ajudar os colaboradores a desenvolverem essa habilidade. Algumas ações sugeridas incluem:

1. Realização de workshops: Promova eventos com especialistas para ensinar teoria e prática da resiliência emocional aos colaboradores, abordando tanto líderes quanto liderados.
2. Oferecimento de psicoterapia como benefício: Permita que os colaboradores tenham acesso à psicoterapia, um meio crucial para promover o autoconhecimento e melhorar a saúde mental.
3. Treinamento de lideranças: Proporcione treinamentos abrangentes para líderes, focando em habilidades como comunicação, empatia e gestão de crise, que contribuirão para o desenvolvimento da resiliência.
4. Prática de mindfulness e/ou meditação: Incentive a prática regular de mindfulness e meditação para melhorar o equilíbrio emocional e a saúde mental de todos.

Em resumo, a resiliência emocional é uma habilidade valiosa que pode ser desenvolvida com esforço e dedicação, trazendo benefícios significativos tanto para os indivíduos quanto para as organizações. Investir na promoção da resiliência emocional é um passo importante em direção a um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.