O transtorno de personalidade antissocial (TPAS) é uma condição neuropsiquiátrica que afeta aproximadamente de 1% a 2% da população global, de acordo com especialistas. Isso significa que uma a cada cem pessoas convive com essa desordem, o que, segundo estimativas, resultaria em 2 a 4 milhões de casos no Brasil.
Esse transtorno é ainda um tema que frequentemente gera dúvidas e é associado a estereótipos. Portanto, é crucial promover o acesso à informação para esclarecer questões relacionadas ao TPAS.
O que é o transtorno de personalidade antissocial?
O transtorno de personalidade antissocial é mais comum em homens do que em mulheres. Pessoas com esse diagnóstico tendem a ignorar as normas sociais e de comportamento, agindo de maneira irresponsável e impulsiva. Como resultado, é comum que cometam atos ilegais, violando os direitos dos outros.
Quais são os sintomas?
Os sintomas do TPAS incluem comportamento manipulador, impulsividade, irresponsabilidade, mentiras frequentes para benefício pessoal e falta de empatia em relação aos sentimentos alheios. Além disso, essas pessoas costumam ter dificuldades em seguir planos e regras, agindo de forma violenta em alguns casos.
Quais são as causas do transtorno?
As causas exatas do TPAS ainda não são completamente compreendidas, mas a genética desempenha um papel significativo no seu desenvolvimento. Além disso, o ambiente em que a pessoa cresce, incluindo exposição a abusos sexuais ou convivência com pais alcoólatras e/ou violentos na infância, bem como a falta de estrutura familiar e condições econômicas precárias, podem aumentar o risco de desenvolver o transtorno.
TPAS, sociopatia e psicopatia
Há confusão entre os conceitos de TPAS, sociopatia e psicopatia. Embora alguns profissionais usem esses termos de forma intercambiável, há diferenças importantes. Psicopatas são caracterizados por falta de empatia e incapacidade de criar laços emocionais, enquanto sociopatas são voláteis e suscetíveis a explosões emocionais, enfrentando dificuldades em manter relacionamentos e seguir regras sociais.
Como é o diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial?
O diagnóstico do TPAS deve ser feito de forma diferencial, considerando outras condições, como transtorno por abuso de drogas, transtorno de personalidade narcisista, transtorno de conduta e transtorno de personalidade borderline. Isso exige uma avaliação profunda do histórico do paciente.
Qual é o papel da família nesses casos?
A família desempenha um papel importante ao detectar sinais precoces do TPAS, especialmente em crianças que podem inicialmente ser diagnosticadas com transtorno de conduta. Sinais incluem comportamento agressivo, mentiras e manipulação. É essencial que a família esteja informada sobre a condição e busque apoio adequado.
O transtorno de personalidade antissocial tem tratamento?
Embora o TPAS não tenha cura, o tratamento ajuda os pacientes a gerenciar os sintomas e evitar internações, reservando essa medida para casos graves. A terapia cognitivo-comportamental é frequentemente recomendada, focando em metas a curto prazo, como evitar consequências legais. Além disso, medicamentos podem ser prescritos por um psiquiatra, mas o acompanhamento contínuo é fundamental para garantir o bem-estar do paciente.
A importância da terapia nos cuidados com a saúde mental
A terapia desempenha um papel fundamental no tratamento de transtornos mentais. É crucial encontrar um profissional com a abordagem adequada para cada paciente, promovendo o autoconhecimento e a melhoria da qualidade de vida. O comprometimento do paciente e a abertura nas sessões são essenciais para alcançar resultados significativos, independentemente da presença de um transtorno mental.